Suspeito de feminicídio de jovem é transferido para Porto Alegre uma semana após prisão em Goiânia
03/06/2025
(Foto: Reprodução) Homem será encaminhado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional. Suspeito estava escondido na casa de um familiar em Goiás. Vítima foi identificada como Maria Eduarda Duarte Costa, 21 anos. Ela foi encontrada morta na casa onde morava. Perícia apontou asfixia mecânica. Suspeito de matar Maria Eduarda Duarte Costa, no RS
Divulgação/ Polícia Civil
O suspeito do feminicídio de Maria Eduarda Duarte Costa, morta aos 21 anos, foi transferido para Porto Alegre nesta terça-feira (3), por volta das 17h30, segundo a Polícia Civil.
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O homem, que não teve o nome divulgado, foi localizado e preso em Goiânia (GO) na semana passada. De acordo com a delegada Amanda Andrade, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o homem estava escondido na casa de um familiar.
Conforme informou Amanda, o interrogatório não será feito nesta terça.
"Faremos os procedimentos de praxe do cumprimento da prisão preventiva e ele será encaminhado ao NUGESP", diz a delegada.
➡️ NUGESP é o Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional.
Relação com Maria Eduarda
Maria Eduarda, encontrada morta em casa, foi vítima de feminicídio, segundo delegada
Arquivo pessoal
O suspeito, de 25 anos, mantinha um relacionamento com Maria Eduarda e, após representação da autoridade policial, a prisão temporária foi convertida em prisão preventiva pela Justiça.
De acordo com a polícia, o crime teria acontecido no dia 24 de maio, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O corpo da vítima foi localizado pela proprietária da casa que ela alugava, no RS. A perícia apontou sinais de asfixia mecânica como a causa da morte da jovem, segundo a polícia. Maria Eduarda foi velada e sepultada no domingo (25), em Porto Alegre.
A jovem não havia solicitado medida protetiva nem registrado ocorrência policial anteriormente.
'Não quero que Maria Eduarda seja mais uma estatística'
À RBS TV, a tia da vítima, Elenara Souza Duarte, afirmou que o namoro era conturbado e que o homem era "ciumento e possessivo". "Eles se conheciam há pouco tempo. Ela morava sozinha naquela casa, e ele foi morar junto dela", descreve.
"Não quero que a Maria Eduarda seja mais uma estatística. Quero que a polícia se empenhe nesse caso", diz a tia.
Elenara descreve a sobrinha como alguém "intensa" e "que acreditava nas pessoas". Maria Eduarda era atendente e recepcionista de um bazar em Cachoeirinha.
A proprietária da casa onde Maria Eduarda morava a encontrou pois havia combinado um reparo no banheiro e estranhou que ela não respondia.
"Ela estava radiante, porque estava começando. Ela tinha comprado a cozinha dela, o quarto dela, tudo novinho, os eletrodomésticos, tudo", conta a mulher, que pediu para não ser identificada.
Mais de 84% dos feminicídios foram cometidos por companheiros ou ex de vítimas no RS
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